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Regatas

Participar ou não participar, eis a questão... O Redboy é um barco puramente de cruzeiro, não tem medição e então é totalmente não competitivo. Mesmo assim acho interesante participar de regatas pelo aprendizado que temos, tanto na competição em si, como nos papos atras dos copos de cerveja...
Quando voava de planador aprendi que só me aperfeiçoaria se participasse de campeonatos, pois num campeonato geralmente ultrapassamos os limites aos quais nos apegamos em um voo de final de semana. A gente ousa mais...
E então vamos lá. Participei de umas 6 ou 7 regatas até agora, algumas com pouquíssimo vento e outras com vento até demais!
Numa das últimas consegui encalhar e tive que ligar o motor para sair (do encalhe e da regata...).
Dia 17/7 fomos numa regata da Ilha do Mel até Caiobá. Levamos um susto na entrada da barra da baia de Guaratuba quando uma onda nos pegou pela popa e inundou o cokpit. Ainda bem que estávamos bem perpendicular à onda e demos uma surfada de 12.4 nós pelo GPS...
No dia 24 teve outra regata dentro da baia e voltamos domingo p/ Paguá, num mar que era um espelho. Fiz a medição do barco que deve começar a valer a partir da regata de Antonina, em agosto. Aí talvez eu pare de chegar em terceiro e ser classificado em quinto por causa do tal TDMF ou coisa parecida...


Uma curiosidade: na volta de Caiobá o contagiros do motor parou de funcionar e na verificação do por quê descobri que estava fazando água do trocador de calor em cima do sensor do contagiros. Este trocador é o mesmo que me deu problema outra vez, e quando o consertei usei couro p/ fazer a junta de vedação. Como não tinha couro a bordo, o tenis velho do meu filho foi p/ o sacrifício... Então anotem aí: na relação de peças de substituição incluir um tenis velho de couro...


9/10/99 - Quase travessia

Pois mais um feriadão chegou e saimos, juntamente com o veleiro Noala, do Roberto e Samantha, para uma travessia até Capri (prá variar). A previsão era de tempo bom, mas havia uma zona de alta pressão no RS, com possibilidades de ressaca no sul de SC. Como amanheceu um dia lindo, saimos cerca de uma hora depois do Noala, pois precisei esperar a correnteza da maré vazante diminuir, senão não saia de ré do trapiche.
Com o novo hélice de tres pás, o Redboy manteve 6.6 nós e alcancei o Noala no canal da Galheta. Quando passamos a última bóia, desliguei o motor e tentamos navegar contra um vento Sul de cerca de 30 nós. Sem condições, levaríamos horas ganhando altura em direção à África para depois voltarmos. Então vamos a motor mesmo. Surpresa! O trocador de calor voltou a vazar! Aquela história do couro só serve p/ emergências. Como resultado fiquei meia hora parado naquele mar para trocar a junta, subindo de vez em quando para alimentar os peixes pela borda... Aí acabou a vontade... Resolvi voltar para o Iate para trocar a outra junta também, pois o motor não estava confiável para enfrentar 10 horas de mar e vento contra até Capri.
Comuniquei minha decisão via rádio p/ o Roberto, que resolveu continuar e eu fiz meia-volta. Eram cerca de 12 horas. Às 18 passei um rádio p/ o Noala e eles estavam próximos às ilhas Gererês, pouco além da metade do caminho.
E então, zebra: pifou o motor deles. Meia-noite e largaram âncora, esperando que um inflável do Iate de Capri fosse rebocá-los. O bote chegou, mas o vento e o mar não deixava se aproximarem mais de 5 metros. O bote voltou e o Roberto e a Samantha ficaram, assim como o Capitão, cachorrinho deles. As 4 da manhã conseguiram que a Capitania de Paranaguá enviasse um rebocador para buscá-los e chegaram finalmente de volta ao ICP as 10 da manhã.
Deve ter sido uma experiência inesquecível...
Mas eles tem fibra e logo vão tentar de novo. É interessante que poucos velejadores daqui costumem sair da baía. Já os convidei diversas vezes para ir à Capri e Bom Abrigo, mas...



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